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terça-feira, 17 de julho de 2012

Era uma vez um pensamento teu






Fonte: YouTube ( Enviado em 02/11/2011 - Mafalda Veiga com o tema "Pensamento teu" ao vivo no TOP+.)


Era uma vez um pensamento teu -  (Letra)


Era vez um pensamento teu
Quase podia ser segredo meu
E teu
Era quem sabe um tempo de inventar
Subir o teu corpo
Cair do teu sonho
E ficar em nós
Era uma vez um medo que voou
Que se fez asa, sopro, ar
Nunca mais voltou
E eu sem saber porquê fui atrás
E ainda o vi
Esconder-se de ti
Era talvez um tempo de te amar
Era talvez um tempo de sentir
Era uma vez um pensamento meu
Quase podia ser segredo teu
E meu
Era quem sabe um tempo de inventar
Subires o meu corpo
Caíres do meu sonho
E ficares em nós
Era uma vez um sonho que não sei
Que se fez asa, sopro, ar
Quase lhe toquei
E a pressentir porquê fui atrás
E ainda o vi
A esconder-se em mim
Era talvez um tempo pra te dar
Era talvez um tempo de te amar
O tempo que não foi tempo não passou
O sonho que se fez pele e se guardou
aqui ficou
Como se fosse sopro, asa, ar, escondeu-se em nós
E no teu olhar
Fica pra sempre um tempo de te amar
Fica pra sempre tanto do que sou



Mafalda Veiga

Fado Toninho




Fado Toninho -  (Letra)

Dizem que é mau, que faz e acontece
arma confusão e o diabo a sete
Agarrem-me que eu vou-me a ele!
não sei o que lhe faço
desgrenho os cabelos
esborrato os lábios
Se não me seguram
dou-lhe forte e feio
beijinhos na boca
arrepios no peito
e pagas as favas
eu digo: - enfim,
ó meu rapazinho
és fraco para mim!
De peito feito ele ginga o passo
arregaça as mangas e escarra pró lado
Anda lá, ó cobardolas
vem cá mano a mano!
eu faço e aconteço
eu posso, eu mando
Se não me seguram
dou-lhe forte e feio
beijinhos na boca
arrepios no peito
e pagas as favas
eu digo: – enfim,
ó meu rapazinho
sou tão má para ti!
Ó meu rapazinho, ai...
Eu digo assim:
Se não me seguram
dou cabo de ti!

Deolinda


Agarra-me Esta Noite




Agarra-me Esta Noite - (Letra)

Artista: Pedro Abrunhosa
Música: Agarra-me Esta Noite
Onde estiveres, eu estou
Onde tu fores, eu vou
Se tu quiseres assim
Meu corpo é o teu mundo
E um beijo um segundo
És parte de mim
Para onde olhares, eu corro
Se me faltares, eu morro
Quando vieres, distante
Soltam-se amarras
E tocam guitarras
Por ti, como dantes
Agarra-me esta noite
Sente o tempo que eu perdi
Agarra-me esta noite
Que amanhã não estou aqui
(2X)

Pedro Abrunhosa


Estrela Do Mar




Estrela Do Mar - (Letra)

Numa noite em que o céu tinha um brilho mais forte
E em que o sono parecia disposto a não vir
Fui estender-me na praia sozinho ao relento
E ali longe do tempo acabei por dormir
Acordei com o toque suave de um beijo
E uma cara sardenta encheu-me o olhar
Ainda meio a sonhar perguntei-lhe quem era
Ela riu-se e disse baixinho: "estrela do mar"
Sou a estrela do mar
Só ele obedeço, só ele me conhece
Só ele sabe quem sou no principio e no fim
Só a ele sou fiel e é ele quem me protege
Quando alguém quer à força
Ser dono de mim
Não sei se era maior o desejo ou o espanto
Só sei que por instantes deixei de pensar
Uma chama invisível incendiou-me o peito
Qualquer coisa impossível fez-me acreditar
Em silêncio trocámos segredos e abraços
Inscrevemos no espaço um novo alfabeto
Já passaram mil anos sobre o nosso encontro
Mas mil anos são pouco ou nada para a estrela do mar
Sou a estrela do mar
Só ele obedeço, só ele me conhece
Só ele sabe quem sou no principio e no fim
Só a ele sou fiel e é ele quem me protege
Quando alguém quer à força
Ser dono de mim


Jorge Palma

Quando Janto em Restaurantes




Quando Janto em Restaurantes -  (Letra)

Quando janto em restaurantes
com o meu grupo de amigos
todos me pedem que eu cante
e eu adio o seu pedido.
Canta lá só num instante
Mais daqui a um bocadinho
Trazem o primeiro prato
e mais vinho para a mesa
e pedem que eu cante um fado
e eu adio a surpresa
Anda lá, é só um fado
Só depois da sobremesa
Ora vai acima
ora vai abaixo
ora vai ao centro
desta já me safo
Desta já me safo
mas eu não me livro
Ora bota abaixo
ora volta ao cimo
Vem nova dose de vinho
e a segunda pratada
eles apertam comigo
para mostrar a minha garra
Vá lá canta um fadinho
Faltam-me aqui as guitarras
A sobremesa é servida
entre um monte de garrafas
pedem-me uma conhecida
improvisam a guitarra
Canta, não sejas vendida
Eu já canto daqui a nada
Ora vai acima
ora vai abaixo
ora vai ao centro
desta já me safo.
Desta já me safo
mas eu não me livro
Ora bota abaixo
ora volta ao cimo.
Eu insisto com a nega
eles insistem com o pedido
e eis que o café chega
entre dois copos de vinho
Canta lá que é pr'á sossega
Eu canto já num instantâneo
Encolhida no meu canto
à pancadaria assisto
é que eles bebem tanto
e querem pagar poucochinho.
É então que eu me levanto
e lá me escapo de mansinho
Ora vai acima
ora vai abaixo
ora vai ao centro
desta já me safo
Desta já me safo
eu já me livrei
Ora bota abaixo
Esta eu já cantei

Deolinda


Deixas em mim Tanto de ti




Deixas em mim Tanto de ti -  (Letra)

A noite não tem braços
Que te impeçam de partir
Nas sombras do meu quarto
Há mil sonhos por cumprir
Não sei quanto tempo fomos
Nem sei o que trago em mim
Sei do vento onde te invento
assim
Não sei se é a luz da manhã
Nem sei o que resta em nós
Sei das ruas que corremos sós
Porque tu
Deixas em mim
Tanto de ti
Matam-me os dias
As mãos vazias de ti
A estrada ainda longa
Cem quilómetros de chão
Quando a espera não tem fim
Há distancias sem perdão
Não sei quanto tempo fomos
Nem sei o que trago em mim
Sei do vento onde te invento
assim
Não sei se é a luz da manhã
Nem sei o que resta em nós
Sei das ruas que corremos sós
Porque tu
Deixas em mim
Tanto de ti
Matam-me os dias
As mãos vazias de ti
Navegas escondida
Perdes nas mãos o meu corpo
Beijas-me um sopro de vida
Como um barco abraça o porto
Porque tu
Deixas em mim
Tanto de ti
Matam-me os dias
As mãos vazias de ti
(2X)


Pedro Abrunhosa

Fon Fon Fon




Fon Fon Fon - (Letra)

Olha a banda filarmónica,
A tocar na minha rua.
Vai na banda ó meu amor
A soprar a sua tuba.
Ele já tocou trombone,
Clarinete e ferrinhos
Só lhe falta o meu nome
Suspirado aos meus ouvidos.
Toda a gente fon-fon-fon-fon
Só desdizem o que eu digo:
"Que a tuba fon-fon-fon-fon
Tem tão pouco romantismo"
Mas ele toca fon-fon-fon-fon
E o meu coração rendido
Só responde fon-fon-fon-fon
Com ternura e carinho.
Os meus pais já me disseram
"ó filha não sejas louca!
Que as variações de Goldberg
P'lo Glenn Gould é que são boas!"
Mas a música erudita
Não faz grande efeito em mim:
Do CCB gosto da vista,
Da Gulbenkian, o jardim.
Toda a gente fon-fon-fon-fon
Só desdizem o que eu digo:
"Que a tuba fon-fon-fon-fon
Tem tão pouco romantismo"
Mas ele toca fon-fon-fon-fon
E cá dentro soam sinos!
No meu peito fon-fon-fon-fon
A tuba é que me dá ritmo.
Gozam as minhas amigas
Com o meu gosto musical
Que a cena é "electroacustica"
E a moda a "experimental"...
E nem me falem do rock
Dos samplers e discotecas,
Não entendo o hip-hop,
E o que é top é uma seca!
Toda a gente fon-fon-fon-fon
Só desdizem o que eu digo:
"Que a tuba fon-fon-fon-fon
Tem tão pouco romantismo"
Mas ele toca fon-fon-fon-fon
E, às vezes, não me domino.
Mando todos fon-fon-fon-fon
Que ele vai é ficar comigo!
Mas ele só toca a tuba
E quando a tuba não toca,
Dizem que ele continua
Quem em vez de beijar ele sopra
Toda a gente fon-fon-fon-fon
Só desdizem o que eu digo:
"Que a tuba fon-fon-fon-fon
Tem tão pouco romantismo"
Mas ele toca fon-fon-fon-fon
E é a fanfarra que eu sigo.
Se o amor é fon-fon-fon-fon
Que se lixe o romantismo!

Deolinda


Balançar




Balançar - Mafalda Veiga (Letra)

Pedes-me um tempo
para balanço de vida
Mas eu sou de letras
não me sei dividir
Para mim um balanço
é mesmo balançar
balançar até dar balanço
e sair
Pedes-me um sonho
para fazer de chão
Mas eu desses não tenho
só dos de voar
Agarras a minha mão
com a tua mão
e prendes-me a dizer
que me estás a salvar
De quê?
De viver o perigo
De quê?
De rasgar o peito
Com o quê?
De morrer
mas de que paixão?
De quê?
Se o que mata mais é não ver
o que a noite esconde
e não ter
nem sentir
o vento ardente
a soprar o coração
Pedes o mundo
dentro das mãos fechadas
e o que cabe é pouco
mas é tudo o que tens
Esqueces que às vezes
quando falha o chão
o salto é sem rede
e tens de abrir as mãos
Pedes-me um sonho
para juntar os pedaços
mas nem tudo o que parte
se volta a colar
E agarras a minha mão
com a tua mão
e prendes-me e dizes-me para te salvar
De quê?
De viver o perigo
De quê?
De rasgar o peito
Com o quê?
De morrer
mas de que paixão?
De quê?
Se o que mata mais é não ver
o que a noite esconde
e não ter
nem sentir
o vento ardente
a soprar o coração

Mafalda Veiga


Dormia Tão Sossegada




Dormia Tão Sossegada -  (Letra)

Dormia tão sossegada
Pernas tão tenras na cama
Eu fui-me chegando a ela
Quis partilhar uma chama
Dormia tão sossegada
Os dedos tão inocentes
Eu desejei-a tão forte
Os preconceitos ausentes
E a lua estava lá fora
Para além do firmamento
A fingir que não sorria
Desse espantoso momento
Dormia tão sossegada
Os lábios entreabertos
A calma em forma de sonho
Com os sentidos despertos
Ela ficou sossegada
Depois da minha visita
A desenhar o lençol
Ficou ainda mais bonita
E a lua estava lá fora
Para além do firmamento
A fingir que não sorria
Desse espantoso momento
Nunca ninguém me tinha dito
Assim tão bem
Como alguém pode ser tão igual
Independentemente donde vimos
Da cor da nossa pele
Da nossa religião
Do nosso dinheiro
Da nossa moral
E a lua estava lá fora
Para além do firmamento
A fingir que não sorria
Desse espantoso momento

Jorge Palma



É Preciso Ter Calma




É Preciso Ter Calma -  (Letra)

Amor, essa palavra que me mata
me corta (como uma faca)
me deixa no chão, como um cão
nu sem sossego, como o prazer que te nego.
Dor, cativa, privada,
bruma que te cobre o corpo de fada,
sonho, distante na mente
e de repente, saber que se esta só.
É duro, é puro o futuro,
sempre presente como o céu na tua frente
pintado, queimado, vazio assumido
um corpo triste despido
e uma mão que se estende,
depende de quem vier
e é mesmo assim que se quer.
Longe ou perto,
tudo é deserto
Tudo é montanha que te arranha a alma
com fúria, com calma
É preciso ter calma
Não dar o corpo pela alma
Vês o passado dorido, ferido,
agora tudo te é querido.
Memória, vitória, não é esta a tua história.
Voou a tua vida, perdida,
por entre os braços da SIDA.
Mentira, roubada, pesada,
uma seringa trocada, um prazer que agora é nada.
Perdoa se não sei que fazer,
Mas sei que deve doer,
dá-me o teu olhar e eu dou-te o meu amor,
e o beijo urgente, premente,
esperança que não dorme, conforme,
e dita o eu estar aqui.
Amanhã, sei lá, para já o som da guitarra
que me agarra, me prende, me solta,
e a ti dá-te a volta, ao sorriso,
tem calma...
Refrao
Juízo, não tenho medo, não temo
só tremo de pensar...
mas não penso, e tenso te faço viajar
com a voz.
Lembro Novembro passado
quando os dias eram curtos
e as noites de fado,
rasgado, cantado, sentido.
No Deus que criamos
aprendemos a viver, de cor,
meu amor,
e agora é hora,
tudo fica por fazer,
quero-te dizer mais uma vez
que te amo, talvez, te quero,
te espero e desespero por ti,
e que isso só por si
me chega pra viver,
mesmo quando só houver...
silêncio...
imenso,
e dor, e pior, meu amor,
a lembranca que descansa
os olhos teus nos meus...
Adeus.
Refrao (2X)
É preciso ter calma.

Pedro Abrunhosa


Walk Away




Walk Away - ( Letra )

Oh no
Here comes that sun again
That means another day
Without you my friend
And it hurts me
To look into the mirror at myself
And it hurts even more
To have to be with somebody else
And it's so hard to do
And so easy to say
But sometimes
Sometimes you just have to walk away
Walk away
With so many people
To love in my life
Why do I worry
About one
But you put the happy
In my ness
You put the good times
Into my fun
And it's so hard to do
And so easy to say
But sometimes
Sometimes you just have to walk away
Walk away
And head for the door
We've tried the goodbye
So many days
We walk in the same direction
So that we could never stray
They say if you love somebody
Then you have got to set them free
But I would rather be locked to you
Than live in this pain and misery
They say time will
Make all this go away
But it's time that has taken my tomorrows
And turned them into yesterdays
And once again that rising sun
Is droppin' on down
And once again you my friend
Are nowhere to be found
And it's so hard to do
And so easy to say
But sometimes
Sometimes you just have to walk away
Walk away
And head for the door
You just walk away
Walk awa


Ir Embora - ( Tradução português do Brasil )

Oh não
Aí vem o sol de novo
Isso significa mais um dia
Sem você minha amiga
E me machuca
Ver a mim mesmo no espelho
E me machuca ainda mais
Ter que estar com um outro alguém
E é tão difícil de fazer
Mas tão fácil de falar
Mas às vezes
Às vezes, você tem que ir embora
Ir embora
Com tantas pessoas
Para se amar nessa vida
Porque eu me preocupo
Com uma
Mas você põe a "felici"
Na minha "dade"
Você põe os bons momentos
Na minha diversão
E é tão difícil se fazer
Mas tão fácil se falar
Mas às vezes
Às vezes você tem que simplesmente ir embora
Ir embora
E rumar para a porta
Nós tentamos dizer adeus
Tantos dias
Nós andamos na mesma direção
Para que nunca pudéssemos nos separar
Dizem que se você ama alguém
Então tem que libertá-lo
Mas eu preferiria viver preso à você
Do que viver nessa dor e tristeza
Dizem que o tempo vai
Fazer com que tudo isso vá embora
Mas foi o tempo que tomou meus 'amanhãs'
E transformou-os em 'ontem'
E mais uma vez esse sol nascente
Está se pondo
E mais uma vez você, minha amiga
Não pode ser encontrada
E é tão difícil de se fazer
Mas tão fácil de se falar
Mas as vezes
As vezes você só tem que ir embora
Ir embora
E rumar para a porta
Você simplesmente deve ir embora
Ir embora

Ben Harper

De Mão Em Mão




De Mão Em Mão - (Letra)

Se te sentires perdido numa noite assim
Em que estrelas se misturam pelo chao
Com o vento e a poeira
As lembranças e os cansaços
Que te fazem procurar...o teu olhar
Se te sentires perdido numa noite assim
A deriva pelo meio multidão
Sem saber qual e o caminho certo
E o momento de parar....e ouvir a voz do teu coracao
Pode ser que encontres no olhar de alguém
O teu mundo perdido
A cor do teu céu...
Uma chama que a lua faz dancar no escuro
Um desejo escondido...
E o que ficou...
Nos teus sentidos...
De alguma canção
Na rua um silencio colado a pele
A noite acende um mundo no teu peito...
E vais talvez mais dentro mais longe do que nunca
Para tentar tocar o fundo com as mãos
Pode ser que encontres no olhar de alguém
O teu mundo perdido a cor do teu céu...
Uma chama que a lua faz dancar no escuro
Um desejo escondido
E o que ficou...
Nos teus sentidos...
De alguma canção
Enquanto te confundes nos gestos loucos a multidão
Enquanto sopra o fogo distante e cresce de mão em mão
Pode ser que encontres no olhar de alguém
O teu mundo perdido a cor do teu céu
Uma chama que a lua faz dancar no escuro
Um desejo escondido
E o que ficou...
Nos teus sentidos...
Da alguma canção

Mafalda Veiga

Entre Achados E Perdidos




Entre Achados E Perdidos - (Letra)

Ao longe vê-se a ponte
O céu que muda
Entre o princípio e o fim
Ao fundo vê-se um monte
De casas velhas
De cor entre ocre e carmim
Eu espero no tempo
Algum sinal teu
Enquanto a saudade aperta
Agarro-me ao mundo
Recolho o que é meu
A ver se a vida se acerta
Naquilo que prometeu
Desenho no horizonte
Uma viagem
Que faço sem me mover
E passo sobre a ponte
Para outra margem
Onde pudesse perder
O peso dos dias
A dor do caminho
Que fica agarrada à pele
Se a vida voasse
Para além do destino
Como a cabeça nos voa
Numa folha de papel
A vida passa sempre
Tão apressada
Que pouco podes conter
Os dias são ausentes
Sabem a nada
Se te esqueceres de viver
Agarra o teu mundo
Acende os lugares
Onde se escondem os teus sentidos
E não tenhas medo
Se às vezes falhares
O que importa é o caminho
Que fica
Entre achados e perdidos

Mafalda Veiga


Deixa-me Rir




Deixa-me Rir - (Letra)

Essa história não e tua
Falas da festa, do sol e do prazer
Mas nunca aceitaste um convite
Tens medo de te dar
E não é teu o que queres vender
Deixa-me rir
Tu nunca lambeste uma lágrima
Desconheces os cambiantes do seu sabor
Nunca seguiste a sua pista
Tens medo de te dar
E não é teu o que queres vender
Pois é, pois é
Há quem viva escondido a vida inteira
Domingo sabe de cor, o que vai dizer
Segunda feira
Deixa-me rir
Tu nunca auscultaste esse engenho
De que falas com tanto apreço
Esse curioso alambique
Onde são destilados
Noite e dia, o choro e o riso
Deixa-me rir
Ou então deixa-me entrar em ti
Ser o teu mestre só por um instante
Iluminar o teu refúgio
Aquecer-te essas mãos
Rasgar-te a mascara sufocante
Pois é, pois é
Há quem viva escondido a vida inteira
Domingo sabe de cor, o que vai dizer
Segunda feira

Jorge Palma


Fragilidade




Fragilidade - (Letra)

Talvez pudesse o tempo parar
Quando tudo em nós se precipita
Quando a vida nos desgarra os sentidos
E não espera, ai quem dera
Houvesse um canto para se ficar
Longe da guerra feroz que nos domina
Se o amor fosse como um lugar a salvo
Sem medos, sem fragilidade
Tão bom pudesse o tempo parar
E voltar-se a preencher o vazio
É tão duro aprender que na vida
Nada se repete, nada se promete
E é tudo tão fugaz e tão breve
Tão bom pudesse o tempo parar
E encharcar-me de azul e de longe
Acalmar a raiva aflita da vertigem
Sentir o teu braço e poder ficar
E é tudo tão fugaz e tão breve
Como os reflexos da lua no rio
Tudo aquilo que se agarra e já fugiu
É tudo tão fugaz e tão breve

Mafalda Veiga

Dá Me Tudo O Que Tens Para Me Dar




Dá Me Tudo O Que Tens Para Me Dar - (Letra)

Da-me tudo o que tens para me dar
que eu quero ir-me embora
Sem nada para te deixar
Vai-te foder, tu não estas a perceber
Que esta tudo acabado, estou farto do teu fado
Vou levar o teu retrato
Queimar o guarda-fato
Que eu quero é ter tempo para perder
Vou ver televisão
E talvez cuspir no chão
Tomar banho de ano a ano
E amar, só por engano
Sai-me da frente, ou de repente
Ainda vou desatinar.
Não quero estar contigo, nem ser o teu amigo
Onde tu estas é sempre o pior lugar.
Vou ser como o vampiro, vender-me por um suspiro,
Ter o poder de ser eu a escolher.
Vou deitar-me de manha,
Passear-me no ecrã,
À noite vou ser rei, e tu para mim já és ninguém.
Da-me tudo o que tens para me dar
(4X)

Pedro Abrunhosa